ABSTRACT
Cerca de 5 porcento da populaçäo brasileira é portadora de litíase renal, o que corresponde a cerca de 7 milhöes de litiásicos brasileiros. É uma patologia que acomete indivíduos jovens, geralmente na terceira década de vida, nos seus anos mais produtivos, além de sua recorrência ser muito elevada. Apesar do avanço no tratamento da litíase renal nos últimos anos, através de técnicas näo invasivas, estes métodos só servem para retirar o cálculo, ou seja, eliminam a consequência da doença e näo a sua causa. Desta forma, todo paciente com urolitíase ou que já apresentou cálculo e, principalmente, aquele com história de múltiplos cálculos devem submeter-se a realizaçäo de um estudo metabólico. Com este objetivo, 73 indivíduos com litíase renal recorrente foram estudados. Destes, apenas 1 (1,4 porcento) näo apresentou alteraçäo em nenhum dos parâmetros analisados. Os principais distúrbios metabólicos encontrados foram hipercalciúria, hipernatriúria, hipocitratúria, hipomagnesúria e hiperuricosúria. Este tipo de estudo é importante e o laboratório de análises clínicas contribui na elucidaçäo dos mecanismos fisiopatogênicos responsáveis pela formaçäo de cálculos e na indicaçäo de uma terapêutica mais racional, adequada e eficaz